26 de Maio
Competência Organizacional importante neste momento de Pandemia.

Com grandes crises e desafios surgem também grandes mudanças.

Já é um fato as mudanças que estão acontecendo nas culturas organizacionais e, mais ainda, estudos mostram que muitas destas mudanças permanecerão no mundo organizacional mesmo após a Pandemia.

Nós, como profissionais de RH, somos responsáveis pelo bem-estar dos colaboradores (psíquico e físico) e, além disso, também somos responsáveis pela manutenção da cultura e clima organizacional.

Tudo isso só para te dizer que: este é um momento de mudança. O que significa que nós também precisamos entender melhor as mudanças que devemos promover na nossa própria visão de RH para sermos profissionais estratégicos neste momento.

Antes de mais nada, gostaria de me apresentar! :)

Meu nome é Elissandra da Mata e eu ajudo profissionais de RH a se tornarem referência como generalistas no melhor modelo de gestão de pessoas da atualidade.

Desde que estamos em período de Pandemia, surgiram muitas histórias de solidariedade envolvendo pessoas do mundo todo.

Vimos casos de fabricantes de cosméticos suspendendo a operação para produzir álcool em gel, empresas oferecendo abastecimento de materiais e equipamentos gratuitos para profissionais da saúde, etc. 

Além de termos cuidado e sensibilização com toda a população neste momento (nosso papel como seres humanos), precisamos pensar principalmente olhando para dentro das empresas, para nossos colaboradores (nosso papel como profissionais de RH).

Com todo este movimento que o este momento em que estamos vivendo gerou, estudos mostraram que uma competência organizacional que está sendo PRIMORDIAL é a:

Empatia

Eu sei que parece clichê e também parece ser algo básico, já que esta competência comportamental deveria estar presente de forma inerente em todos nós.

Mas, neste caso especificamente já não estamos falando de empatia com um olhar de senso comum.

Estamos olhando empatia como uma competência comportamental que deve se tornar parte de uma cultura organizacional.

Esta competência se tornou primordial não somente para a relação com os colaboradores, mas também para os resultados da empresa - como você irá ver melhor nas estatísticas que eu trouxe neste artigo!

Justamente por este motivo é importante lembrar que esta não será uma competência importante apenas neste momento, mas permanecerá como primordial
mesmo no pós-Pandemia.

Um estudo da consultoria Businessolver divulgado em 2019, que ouviu 1.850 trabalhadores, profissionais de RH e executivos, revelou que:

79% dos CEOs reconhecem a empatia como chave para o sucesso das companhias.

Por que isso acontece? Uma das explicações é o fato de que profissionais que compreendem como os outros se sentem e criam laços de afetividade com colegas e clientes conseguem resultados melhores.

Como prova disso, podemos analisar o estudo feito pela empresa The Empaty Business que analisou 170 empresas em categorias de empatia e apontou que:

As 10 primeiras do ranking em empatia lucravam 50% mais em comparação com as 10 últimas.

É importante não confundir empatia com sociabilidade – as características são muito diferentes. O fato de sermos sociáveis não significa que sabemos nos colocar no lugar dos outros.

Agora que entendemos a importância da empatia como cultura organizacional, vamos entender melhor sobre esta competência:

A empatia está dividida em três pilares:

Empatia cognitiva:

Capacidade de compreender a perspectiva da outra pessoa e pensar em seus sentimentos. Exige que os líderes racionalizem sobre os sentimentos dos outros.

A reflexão sobre nossos próprios pensamentos e o monitoramento dos sentimentos que surgem a partir deles nos permitem aplicar o mesmo racioníneo à outras pessoas.

Empatia emocional:

Diz respeito a sentir o que a outra pessoa sente sem precisar refletir profundamente sobre isso. Depende da combinação de dois focos: o primeiro está centrado nas ideias e nos sentimentos da outra pessoa; o segundo se forma pelo rosto, pela voz, e por sinais externos de emoção. Ter essa habilidade ajuda em trabalhos em grupo, momentos de feedback e apresentações.

Preocupação Empática:

Interpretar e entender de quais formas a outra pessoa precisa de você. Intimamente relacionada à empatia emocional, essa competência ajuda a compreender as expectativas dos outros em relação a nós. Aqui é importante ponderar até onde podemos ir para satisfazer as necessidade alheias.

Um dos primeiros passos para ser empático – e estimular esse comportamento internamente nas empresas – tem a ver com a diversidade. Isso porque, para entender o diferente, temos de, necessariamente, nos colocar no lugar do outro.

Também é importante desenvolver a escuta ativa e atenta, algo fundamental na busca por sensibilidade.

Sensibilização da liderança

Além dos líderes, os profissionais também estão mais atentos quando o assunto é empatia. Segundo um estudo da Businessolver

82% dos profissionais considerariam deixar o atual emprego para trabalhar em uma empresa mais empática.

No entanto, 58% dos CEOs não se sentem à vontade para criar vínculos. Isso pode ter a ver com o difícil equilíbrio entre a empatia e a cobrança por resultados.

Como profissionais de RH, devemos trabalhar dentro das empresas emoções e vulnerabilidade. Desde crianças aprendemos a engolir o choro, ignorar sentimentos e ir em frente. Fomos ensinados a seguir um padrão que não faz mais sentido hoje.

Visão dos colaboradores

Como os profissionais enxergam a empatia nos negócios, segundo o relatório State of Workpace Empathy de  2019, feito pela consultoria Businessolver:

93% estão propensos a continuar sua carreira em uma empresa empática;

95% dizem que práticas voltadas para a família são ações empáticas;

85% concordam que a empatia está relacionada ao aumento da diversidade na empresa;

82% consideram deixar o atual emprego para trabalhar em uma empresa mais empática;

78% trabalham mais horas por um empregador empático;

90% acreditam que ter cuidado com a saúde mental é uma atitude empática da empresa.

Tudo que eu trouxe de informações até o momento foi para te mostrar que nós, como profissionais de RH, não podemos ignorar o fato de que precisamos inserir esta competência na cultura e rotina da empresa.

Já comece a trabalhar a empatia com os próprios colaboradores neste momento. Tenho certeza de que eles estão precisando se sentirem ouvidos e acolhidos através de uma comunicação assertiva e suporte da empresa.

Além disso, já comece a trabalhar esta competência como cultura, inserindo este tópico em suas ações de endomarketing, em seu planejamento de treinamentos e em seu incentivo à diversidade.

Gostou do artigo?

Como profissionais de RH, devemos sempre ser uma classe unida! Porque quando o RH como um todo começa a ser mais valorizado no mercado, todos os profissionais ganham. E como fazer isso? Estimulando os colegas de profissão a gerarem resultados estratégicos para as empresas.

Por este motivo, compartilhe este artigo com seus colegas de profissão e vamos juntos abrir nosso espaço :)

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